quinta-feira, 31 de maio de 2007

Um só LUAR


A lua chama por mim.
Obsessão?!
Sei que és tu quem grita,
Porque sinto o teu escuro, o teu medo...
Sinto-te na profundeza de mim e rejubilo.
Pronúncias palavras seculares
como a tua beleza, por mim idolatrada.
A tua presença profana minha alma,
mas eleva-ma acima do meu próprio ser.
Lua Cheia. Lua Cheia.
Cheia de desejos... Cheia de medos...
Cheia de escuro... Cheia de ti!
Arrepio.
Pertenço-te, ainda que nunca me toques
Danço na nudez que te prometi,
naquele sítio obscuro, onde não passa ninguém
e fundimo-nos num tempo que nunca chega,
mas que é nosso!
O mistério da noite, reside na queda de cada estrela
mas a lua vive sempre!
Não passamos de pobres demónios
assustados pela beleza das suas formas,
recusando a cumplicidade sentida ao contemplá-la...
Mas a lua existe! e a sua luz excita-nos!
Faz-nos sentir enfim vivos...
E eu sei que sentes! - Porque somos um, quando há LUAR!

1 comentário:

Elsa Menoita disse...

UHM!! Adorei.
A tua inspiração deverá fazer sonhar todo o poeta que existe num ser arrebatado por um forte estado emocional. Estes estados consumem-nos, por vezes até à exaustão. Transportam consigo outros sentimentos atrelados, que os remetemos em palavras. ... E, estas bailam no papel quando as nossas almas rodopiam nos céus, ou numa procura ou num encontro.
Amiga este poema está lindo...como a lua ...como a rosa ...ao luar.
Apraz-nos mais vezes.
Surpreende-nos mais vezes.
Aproveita todos os estados que te animam, que te trazem prazer, que te retiram o sorriso e escreve. E escreve amiga rosa.